Comissão da Amazônia vai debater transporte aéreo na região

Brasília, 09/02/2009 – A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), presidenta da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, lamentou o acidente ocorrido com o avião da Manaus Táxi Aéreo, no sábado, 07, e se solidarizou com as famílias das vítimas. Ela vai propor que a Comissão da Amazônia, que preside, realize audiências públicas para debater o transporte aéreo na região, nos moldes do que promoveu com a navegação fluvial e que, por ação de um Grupo de Trabalho organizado em conjunto com o Governo Federal e iniciativa privada, está resultando numa Política de Navegação para a Amazônia.

“A região é absolutamente carente de recursos de infraestrutura, inclusive a de transportes”, enfatiza a presidenta. “Não queremos ficar chorando vítimas o tempo todo. Precisamos debater os problemas apontando soluções viáveis, concretas, de políticas públicas permanentes”, afirma ela, para quem o transporte aéreo é imprescindível para vencer rapidamente as grandes distâncias na região amazônica, que ocupa 60% do território nacional. Os modais de transporte integraram os debates do II Simpósio da Amazônia, promovido pela Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados em novembro passado.

“A ação do poder público é fundamental para promover o desenvolvimento da Amazônia, como fomentador, incentivador e financiador, mas também cumprindo sua função de fiscalizar e determinar o cumprimento das leis. Queremos debater com os agentes públicos se a infraestrutura para isso é satisfatória. Por exemplo, se há recursos humanos e materiais para a fiscalização, se a transferência de dados atende às necessidades, e de que forma o parlamento pode contribuir para aprimorar a presença do poder público e a implantação de serviços essenciais naquela região”, explica.

A presidenta da Comissão da Amazônia pretende convidar os parlamentares do colegiado para acompanharem de perto as investigações do acidente e proporem medidas efetivas que contribuam para reduzir a vulnerabilidade deste tipo de transporte na região.

Política pública – Uma ação semelhante, da Comissão e da própria parlamentar, relacionada ao transporte fluvial, resultou em ações públicas para prevenir os acidentes com escalpelamentos nas embarcações ribeirinhas e mobilizou diversos ministérios do Governo Federal na elaboração de uma Política de Navegação Fluvial na Amazônia. Esta política prevê desde a formação dos navegadores e construtores numa Escola Naval até o financiamento de novas embarcações com recursos do Fundo de Marinha Mercante. Apesar de concentrar o maior número de embarcações e a maior malha hidroviária do país, menos de 10% dos recursos do Fundo foram acessados, em 2007, pela região Norte.

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Clarim da Amazônia