Papudiskina em 19/02/2009

A culpa é do SAAE
Como qualquer cidade do país, Cacoal também tem muitos problemas, mas igualmente tem um povo criativo que consegue driblar as dificuldades, seguir em frente e ainda a sonhar com um futuro melhor para todos. Mas infelizmente, aqui também temos os pregoeiros do caos, que não têm fé e que pensam sempre que as coisas vão continuar de mal a pior. Mas uma coisa está chamando a atenção nesses primeiros dias de 2009: a idéia de que o mais agudo problema de Cacoal tem origem em um aglomerado de vogais contíguos a um solitário S. Verdade! O SAAE virou a bola da vez, o patinho feio, o inimigo a ser combatido. Cacoal tem muitos problemas, mas todos, a exemplo do SAAE, perfeitamente "solucionáveis". Claro que a falta de água afetou a toda a população, mas também não podemos nos esquecer dos esforços que o pessoal do SAAE está fazendo para suprir as necessidades da população cacoalense. Os mesmos programas de TV que hoje criticam o SAAE com intensidade não mostraram os servidores dessa autarquia arriscando suas vidas para repor o encanamento das adutoras. Um desses servidores perdeu um de seus dedos. Mas, enfim, faz parte da razão humana dar muito mais valor à indignação do que à gratidão. O importante de tudo isso é que a população, pelo menos assim, está tomando consciência de que a água é um bem essencial à vida e os desperdícios não fazem sentido mesmo para aqueles que têm muito dinheiro. Algumas pessoas, por poderem pagar, achavam que podiam desperdiçar água a vontade. "TÔ PAGANDO"!!!!!!!! Mas agora descobriram que desperdício "NÃO PODE"!!! Afinal, de que adianta o dinheiro poder comprar tudo se de repente aquele produto pelo qual se suspira não está disponível? Alguns produtos, como água e energia, são tão valiosos que seu uso consciente é determinante.

Poços artesianos.
Pelo menos os debates em torno do SAAE estão fazendo com que várias idéias estejam pululando mentes e corações! Algumas propostas são interessantes. Outras exóticas, como essa idéia de canalizar água mineral para todos. Também há quem defenda a implantação de poços artesianos. A idéia, em si, parece fenomenal. Mas eu penso ser necessário avaliarmos os efeitos colaterais. Ou pelo menos tentarmos responder algumas perguntas. Um delas seria: de onde viria essa água? Por acaso ela não viria de reservatórios fósseis (água acumulada há milhões de anos em fendas geológicas)? Se for assim, há um problema. Os reservatórios fósseis não são inesgotáveis. Na verdade, são esses reservatórios que alimentam os rios. Não é por acaso que os rios, em maior o menor medida, sempre jorram água, mesmo em períodos de seca. Se os aquíferos e os reservatórios fósseis alimentam os rios, não parece fazer muito sentido esgotá-los (sugar suas reservas exaustivamente), pois mais cedo ou mais tarde eles vão secar (os próprios rios morrerão) e todo o custo com a infraestrutura será perdido. O governo da Líbia está sangrando o seu território para construir um rio artificial alimentado por águas fósseis, mas agora, após investir bilhões, descobriu-se que em 40 ou 50 anos toda a água desses reservatórios será esgotada. Não condeno a idéia de se construir poços artesianos. Apenas faço um alerta para que antes sejam feitos estudos adequados. Não acredito que os nossos reservatórios sejam tão volumosos assim. Além do mais, penso que talvez seria mais interessante um consórcio de municípios conjugar esforços para proteger todas as margens de nossos rios, pois aí, sim, teríamos água por mais tempo. Em síntese: vamos avaliar as implicações que tais ações humanas terão em nosso meio ambiente. O ser humano é pródigo em achar que pode domar a natureza e mudar o seu curso natural. Só que mais cedo ou mais tarde a mãe natureza sempre dá a última palavra. Em alguns casos, ela costuma punir com rigor quem tenta domar-lhe! Essa idéia de canalizar água mineral ou poços artesianos pode, em princípio, parecer bem interessante. Mas será que o negócio é sustentável do ponto de vista ecológico? Uma coisa é implantarmos um poço artesiano para suprir as necessidades de uma escola ou uma pequena indústria. Outra coisa bem diferente é suprir as necessidades de um bairro inteiro. Eu não sou muito bom em assuntos relacionados a engenharia, mas tenho a impressão de que a construção de grandes reservatórios em pontos estratégicos da cidade poderiam ser menos dispendiosos do que a construção de vários poços artesianos. Fica aí a minha opinião. Aceito contra-argumentos.

Eleição na UMAM
No domingo passado vários bairros atenderam ao chamamento da União das Associações de Moradores e elegeram suas novas diretorias. Ao todo, mais de três mil pessoas compareceram as urnas e elegeram suas novas lideranças. Alguns bairros, como o Jardim Saúde, por exemplo, surpreenderam pela intensa participação popular. O citado bairro tem apenas 700 moradores e destes quase 300 compareceram às urnas. Seguramente foi o local com o maior índice de participação popular. Claro que estou falando em percentual e não em números absolutos. Só para se ter uma idéia, o número total de votantes no Saúde foi quase igual ao do Teixeirão, embora lá a população seja pelo menos cinco ou seis vezes maior. Os moradores do Saúde deram um exemplo de como é importante a participação popular.

Confira a relação dos novos eleitos
Jardim Saude - Jesus Antonio da Silva; Jardim Clodoaldo - Glória Alves L. dos Santos; Jardim Bandeirantes - Vanderlei Ri de Vanites; Bairro Liberdade - Luiz Carlos da Silva; Jardim Itália - José Carvalho; Bairro Floresta - Dirceu Alves Batista; Village do Sol - Edmilson Teixeira da Silva; Bairro Teixeirão - Clovis Pereira da Silva; Conjunto Halley - Manoel G. de Salves; Bairro Habitar Brasil - Erli Pereira Nepomuceno; Bairro Josino Brito - Mauro Rodrigues; Bairro Novo Horizonte - Wilson Teim; Bairro Arco Iris - Adenise Rodrigues Machado; Bairro Nova Esperança - Roberto Alves de Souza; Bairro Brizon - Carlos A. da Cunha da Silva; Parque Alvorada - Luciana Pereira de Matos; Jardim Limoeiro - Sandoval Vilela Ramos; Jardim Vitória - Maria Severia dos Santos; Bairro Princesa Isabel - Antonio Marcos; Jardim Eldorado - Telma Aparecida Pinto. Em alguns bairros como o Novo Cacoal e Bairro do Incra, dentre outros, não elegeram novas diretorias em razão de terem estatutos diferentes ou mesmo por não haver ninguém que tenha se disposto a candidatar-se. Provavelmente um novo chamado será feito e há possibilidades de novas eleições para os bairros cujas diretorias ainda não foram escolhidas.

OBS.: A lista aqui publicada foi enviada pela UMAM. Caso haja algum fato divergente, como grafia errada ou outro problema, favor nos comunicar. Nosso email é papudiskina@gmail.com e os nossos telefones são: 3441-0808 e 8437-6111.

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