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Daniel Oliveira da Paixão
Dezenas de sindicalistas compareceram na reunião convocada pelo governador de Rondônia, Ivo Cassol (PP), para organizar viagem a Brasília. Cassol quer custear a caravana com cerca de 600 rondonienses, entre sindicalistas e servidores, que pretendem pressionar pela aprovação da “PEC da Transposição”, agendada para o próximo dia 16 de setembro, na Câmara Federal. A audiência aconteceu na manhã desta segunda (17), no palácio Getúlio Vargas e contou com a participação do senador Expedito Júnior (PR), deputado estadual Maurinho Silva (PSDB) e do ex-deputado federal Nilton Capixaba, da Casa Civil.Até a próxima semana, uma comissão de sindicalistas deverá apresentar ao governo o valor integral de custos para a viagem. Os gastos com a contratação de cerca de dez ônibus, estadia, camisetas e panfletos, poderão chegar a mais de R$ 300 mil. É como calculam Israel Borges, presidente do sindicato dos servidores do Judiciário Sinjur e Clay Milton do sindicato dos motoristas oficiais Simporo.
A parceria inédita de Cassol com sindicalistas é vista com otimismo por Israel Borges, líder da comitiva de representantes sindicais na mobilização de parlamentares pela aprovação da proposta de emenda. O dirigente destaca a economia de aproximadamente R$ 30 milhões, que o Estado deverá fazer, depois que mais de 15 mil servidores estaduais forem transpostos aos quadros da União.
MOBILIZAÇÃO
A articulação dos dirigentes sindicais junto a parlamentares da Bancada de Rondônia e de outros estados, foi elogiada pelo governador Cassol, que declarou estar vendo, na PEC 483, de autoria da senadora Fátima Cleide (PT), uma saída estratégica no combate a possível crise no estado, após o término das construções das usinas hidrelétricas do Madeira. Cassol prevê escassez de empregos. “Rondônia terá pelo menos 100 mil desempregados daqui a cinco anos. Com a transferência dos servidores do Ex-Território, faremos economia para ajudar nos momentos negros”, disse o governador.
O senador Expedito Júnior afirmou que, depois de aprovada pelos deputados, a PEC deverá retornar ao Senado, onde já tem boa aceitação dos senadores.
PEC
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Número 483 foi elaborada pela senadora Fátima Cleide e apresentada no ano de 2003. A demora pela aprovação da matéria se dá devido as modificações sofridas, enquanto esteve submetia a análises de diversas comissões criadas pelo Senado e Câmara.
Após seis anos de tentativas e uma série de viagens à Brasília, os sindicalistas se dizem otimistas com a definição da data para votação da PEC, confirmada pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB). “Este é um momento histórico de União, onde estamos contando com o apoio do governador para deslocarmos o maior número de pessoas ao plenário da Câmara Federal”, comemora Clay Milton.
Os servidores dos estados de Roraima e Amapá, passaram pela mesma situação e obtiveram êxitos com a transposição, através da atuação das referias bancadas federais.
