Dengue preocupa autoridades em Cacoal

A Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA) realizou na tarde desta terça-feira (15) uma coletiva com a imprensa para prestar esclarecimento sobre a situação da Dengue em Cacoal. O encontro foi promovido na sede da Semusa e contou com a presença do vereador Fernando Farias e do Pastor Orlins Ramos, representando a Cemaderon.

De acordo com informações do setor epidemiológico foram registrados 1616 casos de dengue no município, durante o ano de 2009, sendo que o maior número de contaminações se deu a partir do mês de abril. Segundo a coordenadora do setor de saúde, Ivani Gromann, Cacoal está vivendo um momento de alerta para uma grande epidemia.

Ivani disse que muitas pessoas estão banalizando a dengue e isso é preocupante, pois em caso de portadores de outras doenças como diabetes, hipertensão, problemas renais e outros, mesmo a dengue clássica pode promover uma complicação no quadro clínico do paciente e leva-lo a óbito.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, os bairros com o maior índice são respectivamente, o Floresta, Jardim Clodoaldo, Teixeirão, Riozinho, Vilage do Sol, Novo Cacoal e Centro. Na área rural, o índice é menor, mas inspira cuidados, pois já foram registrados 37 casos.

Casos de óbito
Com relação aos noticiários que publicaram mortes por dengue no município, na semana passada, a coordenadora informou que ainda não está comprovado. Uma das vítimas tinha glicemia alta, era diabética e hipertensa além de ter apenas um rim. “A dengue colaborou com a complicação da paciente”, disse. Os casos ainda não foram confirmados.

Ivani disse que em março houve um óbito e que o resultado do exame só saiu agora. “Na época houve suspeita de leptospirose, mas o exame comprovou dengue”, afirmou.

A maior causa da proliferação do mosquito continua sendo o lixo doméstico e fossas desativadas, que armazenam água parada e tornam-se grandes criadouros. Segundo o vereador Fernando Faria, será necessário um investimento de 500 mil reais para aterrar todas as fossas. Quanto ao lixo doméstico, o edil apresentou uma proposta para que um morador em cada quadra possa se encarregar da fiscalização em sua área. Para ele, esta seria uma medida viável e com maior mobilização social. Ivani Gromann garantiu que iria apresentar a proposta ao Comitê da dengue, para que possa ser analisada.

O gerente do controle de endemias, Flaviano Melo, informou que o setor disponibiliza de dois carros para o fumacê e 35 agentes que promovem a conscientização nas residências. Segundo ele, em cada caso notificado é feito um trabalho de bloqueio na área do foco, mas não é o suficiente “Enquanto a sociedade não se unir e cada qual assumir o seu papel, a dengue não vai acabar”, finalizou.


Assessoria de Imprensa da PMC

Em 16 de dezembro de 2009

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Clarim da Amazônia