Pastor Malafaia, um guerreiro contra as aberrações!

*DANIEL OLIVEIRA DA PAIXÃO - O pastor Silas Malafaia vem se transformando em uma das maiores celebridades cristãs de nosso país e um dos poucos evangélicos a se unir com a Igreja Católica no combate às práticas abortivas propostas pelo atual governo. Malafaia também vem se opondo sistematicamente a esse tal de Plano Nacional de Direitos Humanos que, em vez da defesa de valores sociais e direitos realmente humanos, tem se preocupado mais em dar a certos segmentos da sociedade status estelares, enquanto outros são apenas outros. Ou seja, mesmo que já temos um código civil moderno, que penaliza quaisquer discriminações, querem criar leis diferenciadas e excludentes, que colocam certas “tribos” como detentoras de direitos privilegiados.

Malafaia entende que a Lei que trata da questão da homofobia, por exemplo, excede sua amplitude e não dá apenas direitos aos homossexuais, mas quer lhes garantir alguns “bônus” sociais. Ou seja, parece que há setores da política e do governo interessados em contemplar os homossexuais com uma espécie de premiação pelo simples fato de assumirem sua condição de pertencer a “um terceiro gênero”.

Está claro que os homossexuais devem ser respeitados como cidadãos e é necessário que as leis os proteja contra qualquer tipo discriminação e principalmente violência, seja ela de ordem física, psíquica ou emocional. Mas a lei também precisa garantir que o direito de culto e a associação devem obedecer a certos parâmetros. Ou seja, não se pode obrigar que os preceitos de determinada religião sejam quebrados simplesmente porque se quer atender os interesses de um grupo menor. As religiões têm suas doutrinas próprias e não devem sofrer a ingerência do Estado desde que cumpram com os preceitos básicos que norteiam a nossa constituição, como o direito à vida, e, por conseguinte, a saúde física e mental de seus membros.

A preocupação de Silas Malafaia e de milhões de líderes evangélicos e católicos é que, como as coisas andam, em breve, sob a justificativa de não discriminação, passem a exigir que pastores e padres sejam obrigados a realizar cerimônias de casamento de pessoas do mesmo sexo. Em que pese essas pessoas terem o seu direito civil a viverem em paz na sociedade, exigir que essas uniões sejam abençoadas por líderes de religiões cristãs tradicionais seria uma aberração. Eles têm direito a se casarem em uma Igreja? Acredito que sim, desde que em uma Igreja que não veja problema nesse tipo de relação. O que não parece justo e fere o princípio da separação entre Estado e Igreja é que, à força, líderes católicos e cristãos sejam obrigados a celebrar ditos casamentos. Sei que é um assunto polêmico, mas, nesse aspecto, eu penso que o pastor Malafaia está certo.

Assim como o estado deve proteger o direito das pessoas em seguir a orientação que quiserem, também tem o dever de zelar pela diversidade de cultos, e, sobretudo, que cada um tenha o direito a praticar sua fé, em conformidade com os seus valores básicos, e não que se lhes imponham regras a seguirem, pois se assim fosse, para que religião? As religiões devem existir, em sua diversidade, para atender a todos. Assim, cada um se filia à igreja cuja doutrina seja compatível com o seu modo de ver a vida. Assim, ninguém deve ser obrigado a fazer parte de uma religião à força, pois seu é o direito de escolha. Do mesmo modo, cada religião tem seus valores, que precisam ser respeitados. A Associação a qualquer igreja deve ser um gesto voluntário e não de imposição, mas igualmente, não se pode permitir que o Estado ou qualquer outra instituição, pela força, se ache no direito de impor regras às lideranças eclesiásticas. Somente o clero, em conformidade com os interesses dos fiéis, é que têm o direito democrático de ajustarem suas regras de conduta de acordo com o alcance de sua fé e compreensão da vida.

* O autor é jornalista há 25 anos, com atuação destacada em jornais de Rondônia, Espírito Santo e São Paulo.

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