Papudiskina - 04 de fevereiro de 2010

Deve ser intriga da oposição os falatórios de que o prefeito Padre Franco é um fraco e seria marionete nas mãos dos outros. É o contrário. Ele está demonstrando ser um líder político muito forte. O grande problema é que ele usa a mão de ferro contra os fracos, retirando direitos da classe trabalhadora e impondo ações absurdamente populistas, mas que não acrescentam nada de conquistas reais para a população. Em relação aos servidores do SAAE, o prefeito foi muito cruel desde que assumiu o comando da prefeitura de Cacoal. De início, ele proibiu o bônus que os servidores recebiam em forma de isenção de pagamento da conta de água.

Agora, falando francamente, os senhores acham que a população saiu ganhando realmente só porque o SAAE passou a arrecadar 25 mil reais a mais por ano? Será que isso vai resultar na melhoria da qualidade da água que todos bebemos? Melhorou a distribuição de água? Caiu o preço da conta de água dos moradores de Cacoal por conta desse aumento ínfimo de receita? Ledo engano!

Eu acredito que a atual diretoria do SAAE está realmente empenhada na solução dos problemas e busca um atendimento mais digno a população, mas isso nada tem a ver com essa retirada de direitos.

Agora, para mostrar ainda mais sua força contra os fracos, o prefeito, pelo que fiquei sabendo, acaba de anular a licença-remunerada, que era de 3 meses a cada cinco anos. Mais uma ação com conotação meramente populista e que, de um modo geral, não resulta em ganhos práticos para a população. Até aqui estamos falando apenas do SAAE, que é uma pequena autarquia do município. Mas o prefeito de Cacoal também mexeu profundamente na vida dos demais servidores do município. Uma dessas mexidas acabou o horário corrido na administração pública municipal. Agora, note senhores: em todos os demais municípios de Rondônia o horário corrido é institucionalizado. Só aqui o prefeito resolveu mudar a ordem natural das coisas. Talvez ele queira transformar Cacoal em uma comuna da Itália.

O problema é que estamos no Brasil. Esse gesto do prefeito não contribui em nada para melhorar a qualidade de vida da população. A única coisa que ele realmente está conseguindo é a indignação dos servidores públicos e semear o ressentimento. Algo especialmente grave em se tratando de um sacerdote cuja missão é semear o amor e não o ressentimento no coração do seu povo. Mas, enfim, o nosso consolo como servidores públicos é que o mandato dele é transitório. Dentro de mais alguns anos teremos um novo prefeito ou prefeita eleita e voltará o status quo anterior. Ou seja, voltaremos a ter o horário corrido em nossa cidade.

Ainda há tempo para que o prefeito reverta a situação e não aceite entrar para a história como o homem que, apesar de ser padre, semeou o ressentimento no coração dos servidores públicos municipais. Só ele pode mudar as coisas, já que temos uma Câmara de Vereadores cujos parlamentares eleitos também pelos servidores públicos não faz absolutamente nada contra a imoral retirada de direitos. Simplesmente os nossos vereadores estão com os braços cruzados. Não temos a quem recorrer, já que o prefeito pode aprovar o que bem entender e não será incomodado. Como a Câmara aceita passivamente a imposição do fim do horário corrido? Os vereadores poderiam fazer algo e não fizeram.

Bom, amigos, Papudiskina desta semana vai se ater a esse assunto porque estou indignado com esse prefeito que se diz do Partido dos Trabalhadores mas as suas ações são contrárias aos interesses da classe trabalhadora. A todos, um ótimo fim de semana.


Daniel Oliveira da Paixão

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Clarim da Amazônia