Papudiskina - 25 de fevereiro de 2010

Daniel Oliveira da Paixão
Atenção prefeitura de Cacoal
Não sei exatamente de quem é a culpa e não quero acusar nem o prefeito, nem o secretário de obras, mas cobrar que providências sejam tomadas pelo menos em relação às ruas centrais da cidade, onde se concentra o maior fluxo de veículos. É uma vergonha que uma avenida tão movimentada como a Sete de Setembro esteja totalmente esburacada. Se providências urgentes não forem tomadas, a qualquer dia desses pode acontecer até algum acidente grave. Os motociclistas, quando trafegam no local, fazem malabarismo para achar um trilho onde seja possível passar sem cair em um buraco. Nessa competição desenfreada, corre o risco de um motoqueiro chocar-se contra outro ou contra um veículo, ou ainda contra um pedestre. Repito, não sei de quem é a culpa. Seja ela do prefeito, do secretário, do governador, do presidente da república ou do papa, alguma providência precisa ser tomada. Nossa cidade tem quase 80 mil habitantes e é lamentável que tenhamos chegado a essa situação. Eu estou torcendo para que essa administração consiga superar os problemas que encontrou, mas infelizmente, até o momento, as coisas parecem andar muito devagar. Mas como cidadão que quer o bem da cidade, eu tenho esperanças de que o nosso prefeito, sendo uma pessoa de bem como parece ser, vai resolver pelo menos os problemas mais graves. E eu gostaria que as providências começassem pela Avenida Sete de Setembro e outras vias públicas centrais. Eu sei que poderia estar pedindo asfalto para o meu bairro, Jardim Saúde, e outros bairros periféricos, mas em minha opinião é melhor manter trafegável as vias públicas já asfaltadas do que assumir um ato populista irresponsável de fazer mais asfaltos enquanto os locais onde já foram asfaltados continuam em estado deplorável.

Atenção vereadores
Eu também gostaria de cobrar dos vereadores uma atitude mais combativa e menos passiva em relação aos fatos que ocorrem em nossa cidade. Chega de tanta passividade. Os senhores foram eleitos por cidadãos que, como eu, apostaram todas as esperança em nossa classe política. Eu sei que muita gente não votou certa de que estaria fazendo o seu protesto. Mas eu não concordo nunca em não votar. Acho que quem não vota não tem o direito de cobrar. Mas eu, senhores, nunca votei em branco e nunca anulei o meu voto. Sempre votei em vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Por isso tenho o direito de cobrar. Eu vou cobrar sempre. Mesmo que eu seja como a história daquele colibri que tentou apagar o incêndio com a água que carregava em seu bico, não vou desistir nunca de exercer o meu direito de cidadão.

Atenção imprensa de Cacoal
Assim como os vereadores, eu também gostaria de cobrar uma imprensa mais combativa e menos omissa. Sei que de vez em quando algum veículo de comunicação cobra providências da classe política, mas isso em rápidos lampejos e depois se cala. O que dá a impressão de que algo muito estranho aconteceu. A imprensa não deve aderir ao “denuncismo” incoerente e irresponsável, mas havendo fatos relevantes, ela tem de agir de forma combativa. Por que calar diante de tantas ruas esburacadas na cidade? Por que calar diante da falta de iluminação pública? Por que calar diante da retirada de direitos dos servidores públicos, achatamento de salários, etc? Não gosto de denunciar apenas por denunciar. Não sou oposição ao atual prefeito. Pelo contrário, como socialista, o meu partido (PSB) é um aliado histórico do PT. Eu também sou eleitor do Lula e da senadora Fátima Cleide e admiro o PT (Não os radicais do PT, claro, mas os verdadeiros socialistas). No entanto, não sou cego. Passo todos os dias nas ruas de Cacoal. Vejo o estado deplorável em que estão algumas avenidas. Até mesmo ruas importantes que ligam alguns bairros como a Pedro Rodrigues e a via principal que dá acesso ao bairro Saúde estão em estado lamentável. Todos os dias eu pergunto para mim mesmo: meu Deus, o que será que está havendo? Eu sei que o secretário de obras tem muitos afazeres e talvez esteja se concentrando em recuperar a malha viária para dar melhores condições ao povo da zona rural. Sei que os produtores rurais precisam de atenção. Mas eu penso também que a vida, acima de tudo, deve ser priorizada. Há muito mais risco de morte com acidentes de trânsitos em relação às vias públicas centrais da cidade do que em relação aos buracos e lamaçais nas estradas vicinais. É preciso que o nosso secretário avalie custo/benefício. Sorte das autoridades municipais é que a Justiça só se manifesta quando provocada. Mas qualquer cidadão, provando que paga impostos, tem o direito de entrar na justiça para ressarcir prejuízos causados em seus veículos quando vítimas da omissão do serviço público em relação aos problemas. No caso de Cacoal, se demandada, a prefeitura teria milhões de reais a pagar às vítimas dos maus tratos de nossas vias públicas, pois os buracos nas vias centrais da cidade não devem ser considerados casos fortuitos. As chuvas, na verdade, danificam as ruas, mas a cidade tem autoridade eleita para agir nesses casos. Ou será que devemos levar São Pedro a juízo por ele ter mandado essas chuvas que se tornaram recorrentes nos últimos dois ou três meses? Pensemos nisso!

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Clarim da Amazônia