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Daniel Oliveira da Paixão
Os servidores do Judiciário acompanharão a reunião do Pleno nesta segunda-feira(23) vestidos de verde para mostrarem que acreditam no bom senso dos magistrados na aprovação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), que passou 22 meses para ser elaborado e, depois de concluído, mais um mês sendo analisado pelos desembargadores. Na última reunião, ocorrida semana passada, os desembargadores afirmaram que não podiam aprovar o Plano porque necessitava de ajustes por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A manifestação ocorrerá em frente ao prédio do TJ, na avenida Farquar, a partir das 8 horas.“ Aos concluirmos o PCCS, depois de quase dois anos, eles tiveram um mês para verificar o que precisaria ser alterado, mas na hora de votar, usaram essa desculpa”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário(Sinjur) Israel Borges, que participou, durante esta semana, dos trabalhos de ajustes realizados pela comissão criada pelos magistrados.Agora, depois de feito os ajustes, como exigiram os desembargadores, o PCCS volta a ser incluído na pauta desta segunda.
“ Estamos na expectativa de que sairemos vitoriosos, pois eles não tem mais justificativas para não aprovar desta vez”, observou Israel.
Os servidores estão com uma defasagem salarial que chega aos 60%. O Plano não reajustará salários, mas corrigirá distorções nos vencimentos que estão prejudicando seriamente a categoria, especialmente por conta da inflação acumulada ao longo dos anos. Este ano, eles não tiveram reposição em seus vencimentos.
Depois que o PCCS for aprovado pelo Pleno, ainda terá um longo caminho pela frente. Ele será enviado a Assembléia para votação e, depois de votado, encaminhado ao governador Ivo Cassol para ser sancionado. Israel Borges já iniciou as negociações junto ao presidente do Legislativo estadual, Neodi Oliveira para que o PCCS seja aprovado na íntegra e o mais rápido possível.
