60 trabalhadores da Camargo Corrêa são demitidos sem justa causa, hostilizados e coagidos por PMs armados a serviço da empresa.

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Na tarde desta quinta-feira (01/10), um grupo de 60 trabalhadores das mais variadas funções, da empreiteira Camargo Corrêa, que está responsável pela construção da usina de Jirau em Rondônia, foram sumariamente demitidos um dia após a assinatura do dissídio coletivo estabelecido entre o STICCERO – Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção Civil de Rondônia, onde ficou determinado que qualquer trabalhador que houvesse participado das paralisações não sofreriam retaliações.

Revoltados, um grupo se aglomerou nos portões do escritório da empresa para protestar quanto à forma abusiva e injusta como a empresa trata os funcionários e de como estava sendo conduzida a rescisão, pois os mesmos foram arrancados do alojamento a força e nem tiveram tempo de apanhar suas ferramentas e documentos pessoais.

Segundo os trabalhadores, a empresa se utiliza de um grupo de policiais militares armados (COE), que fazem bicos na empresa e intimidam os funcionários com ameaças veladas e escoltas até o escritório onde são obrigados a assinarem os documentos que a empresa apresenta sem qualquer explicação quanto à natureza do desligamento.

Além disto, os representantes do sindicato constataram outra irregularidade absurda nas rescisões dos trabalhadores que estava datada com a data do dia seguinte, provavelmente para justificar a maneira truculenta que como os funcionários foram arrancados dos canteiros de obras e promover um tempo hábil para que os mesmos fossem retirar seus pertences.

Outra irregularidade criminosa que foi denunciada pelos trabalhadores foi o fato de estarem sendo naquele momento demitidos sem realizar o exame demissional, o que é obrigatório por lei, ou seja, estavam sendo desovados no meio da rua, alguns com queixas de mal estar, sem que tivessem direito se quer a um parecer médico.

A equipe de comunicação do Sindicato ao chegar à Camargo Corrêa também foi hostilizada por um desses policiais que mantinha uma pistola na cintura e veio tirar satisfações quanto a natureza da matéria que estava sendo produzida, enquanto os demais permaneciam dentro do pátio da empresa e mantinham os trabalhadores sob a coação de suas armas.

Esse mesmo policial confessou que estava a prestar seus serviços à empresa e que também serve de segurança para o presidente da Força Sindical, Antônio Acácio do Amaral, sem saber que estava sendo gravado e que já estava sendo investigados e fotografados pela equipe de jornalismo do Sindicato dos Trabalhadores.

Tais servidores que deveriam estar nas ruas a proteger os cidadãos atrás de marginais, são sempre os mesmos vistos em todas as atuações do sindicato a serviço das empresas dos consórcios das usinas, e tiveram uma atuação marcante durante as paralisações, segundo nossas fontes oficiais, eles fazem parte do serviço de “inteligência” da segurança das empresas, onde cada trabalhador é monitorado e marginalizado como se fossem delinqüentes.

O sindicato pretende apresentar formalmente uma representação criminal, nos órgãos competentes, contra estes bandidos armados travestidos de policiais pelo Estado de Rondônia, que se prestam a este tipo de papel contra a população trabalhadora que apenas luta pelos seus direitos, que são os verdadeiros responsáveis pelos salários desses funcionários públicos que deveriam ser os primeiros a cumprir o dever de defender o cidadão rondoniense.


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Clarim da Amazônia