STICCERO desrespeita mais uma vez o judiciário e não comparece a audiência na Justiça do Trabalho.

O representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil – STICCERO, Antônio Acácio do Amaral, deixou de comparecer nesta terça (28/04), a uma audiência designada pela 6º Vara do Trabalho que suspendeu as eleições que seriam realizadas no último dia 18 e 19 de abril, acatando requerimento do Ministério Público do Trabalho – MPT, que apontou diversas irregularidades no processo eleitoral do Sindicato.

O fato aconteceu um dia após as declarações contundentes em defesa da liberdade sindical, por parte do presidente da OAB, seccional de Rondônia, Hélio Vieira, de que: ”A liberdade sindical é assegurada pela Constituição Federal e os trabalhadores não devem abrir mão desse direito e quanto a as empresas que compõem o consórcio construtor dessa obra devem buscar harmonia com os operários a fim de evitar as ocorrências de maiores transtornos”, na manhã desta segunda-feira 28/04, em solenidade nos canteiros de obras da Usina de Santo Antonio.

Foram abordados na audiência a legalidade da suposta eleição do STICCERO, ocorrida no último dia 18 e 19, embargada pela própria Justiça do Trabalho, bem como as denúncias feitas, a cada dia mais, por diversos trabalhadores que se dizem perseguidos, ameaçados, advertidos e demitidos por influência que Amaral teria sobre a diretoria construtora Norberto Odebrecht sendo expulsos e impedidos de atuar livremente como membros do sindicalizados tendo inclusive as suas filiações negadas sem qualquer justificativa legal.

O auto intitulado novo presidente do STICCERO, Antonio Acácio do Amaral, que também acumula os cargos de presidente da Comissão Eleitoral do Sindicato, presidente da Força Sindical de Rondônia, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Rondônia e Acre – FITRAC, além de representar mais de sete entidades sindicais por procuração, o que levanta severas suspeitas quanto às limitações humanas e administrativas do super sindicalista, que em recente matéria de uma página no jornal Estadão do Norte desta quarta-feira (29/04), que diz ter mais experiência somada em seus anos de sindicalismo do que a nova geração de promotores públicos do Ministério Público do Trabalho, que o estão acusando.

Amaral vem sendo acusado pelos operários das usinas de manobras ilegais dentro do Sindicato, como eleição irregular de uma única chapa, realizada sem o conhecimento dos membros da categoria que vem tendo gradativamente sua liberdade sindical oprimida pelo clientelismo praticado pelo suposto presidente e as os consórcios das empresas construtoras das usinas no Estado.

Após ter sido maciçamente vaiado por mais de dois mil trabalhadores na solenidade desta segunda-feira (27/04), Amaral não compareceu e nem mandou advogados com quaisquer esclarecimentos quanto a sua ausência, fazendo com que a Juíza Federal da 6º Vara do Trabalho do Estado de Rondônia, Dra. Andréa Alexandra Barreto Ferreira, deliberasse pela total revelia por parte dos reclamados, que se quer apresentaram um atestado médico para justificar.

Durante o prosseguimento da audiência onde foram todos os trabalhadores da construção civil que foram recentemente impedidos de se filiarem e demitidos de seu Sindicato e Juíza ouviu o parecer do Procurador Geral do Trabalho que juntou novas peças documentais bem como impugnou diversos documentos irregulares e fotos que teriam sido forjadas, onde a defesa de Antônio Amaral fazia aparentar que o sindicato estaria localizado em um endereço fictício.

Já o advogado da Oposição Sindical fez questão de registrar nos autos os abusos absurdos a que os operários têm sido submetidos, uma vez que os mesmos são os representantes de fato da categoria enquanto Antonio Amaral está iludindo e manipulando alguns trabalhadores com a falsa impressão de ser o atual presidente do sindicato, mantendo-se ilegitimamente a frente da categoria em desrespeito a ordens judiciais.

Danny Bueno
- Assessoria de Imprensa da OSTCC - Oposição Sindical dos Trabalhadores da Construção Civil

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