Acidentes na Jorge Teixeira crescem mais de 50% em 2009


Automóveis, pedestres, ciclistas e motociclistas disputam espaço com os caminhões na federalizada Jorge Teixeira: certeza de acidentes

Até dia 20 de abril deste ano, a Polícia Rodoviária Federal já havia registrado 564 acidentes diversos na federalizada avenida Jorge Teixeira, por onde flui o grande peso do tráfego de veículos de Porto Velho, sobretudo de carretas e caminhões que transportando cargas diversas rumo aos atracadouros no bairro da Balsa.

Os números assustam: os 564 registros, feitos em menos de quatro meses, representam mais de 50% do total ocorrido em 2008 na mesma avenida, onde os caminhões e carretas têm de disputar espaço com o tráfego doméstico e aproximadamente mais 100 ônibus que chegam à estação rodoviária ou que saem dela rumo a outras cidades e Estados.

"São números que justificam a necessidade urgente da construção do anel, viário para desviar o tráfego pesado de dentro da cidade, dando alternativa a um novo porto e que a futura ponte interligando os dois lados do Rio Madeira seja construída nas proximidades desse futuro porto e não no bairro da Balsa", diz o presidente da Associação Comercial de Rondônia, Wanderlei Oriani.

Os números de acidentes assustam, mesmo com a Polícia Rodoviária Federal tendo implantado um sistema de vigilância constante, com blitzes e até radares móveis. Ainda recentemente, ouvidos a respeito, caminhoneiros lembraram a questão psicológica quando têm de atravessar vias urbanas de grande fluxo de tráfego. Um dos itens citados no Relatório Informativo de Acidentes de Trânsito da PRF aponta que a "falta de atenção" representou 92 casos até dia 20 de abril na federalizada Jorge Teixeira, contra 135 em 2008. Um crescimento superior a 60% em 2009.

Do ângulo que se observar, o número de acidentes na Jorge Teixeira vem crescendo de forma violenta. No item "fatores contribuintes", o aumento nesses quase quatro meses de 2009 foi superior a 44,9% - 307 casos em 2008 contra 169 já este ano. No ano passado foram 7 acidentes envolvendo ônibus e este ano, com menos de 1/3 dos meses, já chega a 5 casos, enquanto os que tiveram como envolvidos caminhões já estão registrados 28 casos contra 32 de 2008. E os acidentes com e sem vítimas, que em 2008 somaram 306, já chegam agora a 169, representando mais de 55% das ocorrências anteriores.

"É inadmissível que se continue mantendo essa via passando dentro de Porto Velho. A solução mais racional é fazer o anel, o porto e a ponte com acesso lá pelo hospital das Marcelinas. Ficar como está representa um retrocesso e atenta contra nós que estamos a cada dia mais sufocados no trânsito da capital", diz o administrador Wulmar Coelho.

lucasassessoria@gmail.com

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Clarim da Amazônia